quarta-feira, 30 de junho de 2010

DEPRESSÃO NA BLOGOSFERA - Dra. Cláudia Morais

"Aquilo que cada um de nós escreve, nomeadamente aquilo que registamos em forma de desabafos diários, dirá com certeza muito acerca do nosso estado emocional. Qualquer psicólogo treinado é capaz de analisar os registos escritos dos seus pacientes e, a partir daí, estruturar uma entrevista terapêutica que lhe permita realizar uma avaliação rigorosa da sua situação clínica. Mais: a terapia narrativa, de que já aqui falei, é particularmente eficaz na estruturação das nossas emoções.
 Quando alguém escreve diariamente (ou pontualmente) no seu blogue, utiliza um filtro – cada um expõe aquilo que entende, revelando apenas uma pequena parte de si ou expondo a maior fatia da sua vida. Nalguns casos, esta escolha é consciente e rigorosa, noutros nem tanto. Mas, independentemente daquilo que cada pessoa escolhe partilhar, a verdade é que, de um modo geral, acaba por revelar mais de si do que inicialmente supusera. E não será preciso ser-se psicólogo para “ler nas entrelinhas” e reconhecer emoções por detrás de algumas frases.
Mas quão confortáveis nos sentiríamos se alguém se assumisse capaz de avaliar o nosso estado emocional a partir de um programa informático que analisa o conteúdo dos blogues? Será fiável uma ferramenta como esta? O software existe, foi desenvolvido numa universidade em Israel e “promete” ser capaz de indicar o estado emocional de determinado blogger a partir da identificação da linguagem usada nos respectivos posts.
A ferramenta já foi testada em mais de 300 mil blogues de língua inglesa, contando com a validação de um painel de 4 psicólogos clínicos, que analisaram a amostra. Foi elaborada uma lista dos 100 bloggers mais deprimidos e outra com os 100 bloggers menos deprimidos e haveria uma correlação de 78% entre estes resultados e a análise realizada pelos psicólogos.
O programa foi construído com o objectivo de identificar conteúdo depressivo oculto na linguagem usada nos blogues. Não se trata de reconhecer expressões como “depressão” ou “suicídio”. Trata-se, isso sim, de identificar palavras que expressam um conjunto vasto de emoções e que os bloggers usam para metaforicamente descrever determinados episódios.
A apresentação dos resultados desta pesquisa será formalmente apresentada este Verão e não creio que possamos, para já, olhar para esta ferramenta como um recurso absolutamente fidedigno. Mas, e reconhecendo que existem milhares de pessoas em Portugal (e milhões em todo o mundo) com transtornos depressivos subdiagnosticados e subtratados, não deveremos menosprezá-la. O software permitir-nos-ia identificar mais rigorosamente as pessoas que podem estar a precisar de uma intervenção especializada, mas será sempre impossível substituir a avaliação de um médico ou de um psicólogo pela análise de um programa informático."

DO BLOG:
http://www.apsicologa.blogspot.com/
Dra.Cláudia Morais.

terça-feira, 15 de junho de 2010

ENTENDENDO A DEPRESSÃO PÓS-PARTO - Mentes Femininas

O período pós-parto é claramente definido como um momento de maior vulnerabilidade de nós mulheres à doença mental, no pós-parto as mulheres exprimentam um aumento dramático do risco de doença psiquiátrica severa nos 3 meses após o parto.
Esse período pós-parto é chamado de puerpério e caracteriza-se por apresentar uma fase de transformasção na vida social, psicológico e físico de nós mulheres-mães. Digo, transformação, pois nosso interior e nossas vidas, sem dúvida alguma se tranformam com a vinda de nosso bebê.
Médicos afirmam que nessa fase, assim como no período pré-mestrual e da perimenopousa, a mulher encontra-se mais vunerável ao aparecimento de transtornos mentais.
Com o parto o nosso organismo fica mais sensível para diversas mudanças subjetivas e interpessoais. Os primeiros dias após o parto são retratados por uma série de sentimentos e expectativas diversos vivenciados por nós mulheres-mães e assim, a turbulência deles promovem uma instabilidade no emocional, que fica se alterando entre altos e baixos, entre euforia e depressão. Assim, ficamos apresentando uma série de reações diversificadas, tento atitudes que "normalmente" não teríamos.
Inúmeros fatores podem ser considerados determinantes para pós-parto saudável. Dentre eles pode-se destacar uma relação familiar harmoniosa e solidária. O papel do homem nessa fase é muito importante, sendo que tb está vivenciando sensações psicológicas semelhantes às da mulher. Hoje já sabemos que os homens-pais podem ter quadros de depressão pós-parto, pois tb temos que lembrar que a transformação na vida do casal é bem significativa.
Durante o período pós-parto, até 85% das nós mulheres apresentemos algum tipo de distúrbio de humor, mesmo que de leve intensidade e temporário. Nesse comecinho, logo após o parto a maioria das mulheres passam pelo baby blues, que são sintomas depressivos leves e transitórios.

FATORES DE RISCO
- A depressão não tratada na gestação.
- Antecedentes familiares ou pessoais de depressão.
- TPM severa.
- Histórico de infertilidade.
- Abortamento.
- Falta de suporte social e familiar.
- Conflitos conjugais.
- Gravidez não planejada.
- Estresse elevado, por razões diversas.
- Uso de álcool e drogas na gestação.

"ATUALMENTE, HÁ ESTUDOS BIOLÓGICOS QUE, EMBORA NÃO IDENTIFIQUEM NÍVEIS HORMONAIS FEMININOS ESPECÍFICOS CAUSADORES DE DPP, ESTABELECEM UM FATOR DE VULNERABILIDADE DEPRESSIVA, DE ORIGEM PROVAVELMENTE GENÉTICA.
NESSAS PACIENTES, COM OU SEM ESTRESSORES PSICOSSOCIAIS, A BIOLOGIA PODE FALAR MAIS ALTO, OU SEJA, MESMO MULHERES CONSIDERADAS PSICOLOGICAMENTE SAUDÁVEIS E COM BOA ESTRUTURA SOCIAL, COM NÍVEL ECONÔMICO E CULTURAL ADEQUADO, SEM CONFLITOS FAMILIARES E CONJUGAIS E QUE PLANEJARAM A GRAVIDEZ, PODEM TER DPP.
JÁ ATENDI VÁRIAS MULHERES COM ESTE PERFIL QUE SENTAIM MUITA CULPA, FICAVAM ASSUSTADAS COM A POSSIBILIDADE DE ESTAREM REJEITANDO O BEBÊ TÃO AMADO E ESPERADO. SENTIAM-SE INCOMPREENDIDAS E DESACREDITADAS EM SUAS QUEIXAS, SOFRENDO ATÉ AGRESSÕES VERBAIS E CRÍTICAS SEVERAS." Dr. Joel Rennó Jr.

Nesse depoimento do Dr. Joel, encontro com o meu caso, mas sem esquecer que tenho sim histórico de depressão na família, que na verdade só vim a entender após a minha própria depressão.
E digo que essa culpa que sentimos, só faz com que os sintomas da depressão piorem; sei que na dor é praticamente imposssível ver o "lado bom" de tanta dor, mas saibam que nada, nada acontece por acaso! Hoje tenho certeza disso, pois, eu devido a minha depressão (como muitos sabem) fiquei afastada por 1 ano e 4 meses de meu trabalho, devido a minha DPP. E com tudo isso, fiquei cuidando de mim mesma e com a minha melhora pude realmente curtir a Giovanna 24 horas por dia. Caso não fosse a dpp teria voltado a trabalhar a mil por hora e deixaria de viver momentos únicos da vida dela, que com certeza não voltam!

Nessa postagem, tirei informações bem legais do livro - Mentes Femininas do Dr. Joel Rennó Jr - livro esse que explica muitas coisas sobre a loucura hormonal com que a nossa mente vive...indico a leitura!!

Fiquem com Deus!
bjos
Jú.

Mulheres-Mães, nunca sintam-se envorganhadas em expor seus sentimentos, ainda mais esses de tristeza e angústia, sei que não é fácil mas saibam que compartilhar desabafar nos faz sentir bem melhor!! A conversa com profissionais e pessoas queridas ajuda muito e nunca é tarde para procurar ajuda e recomeçar!

terça-feira, 8 de junho de 2010

PREOCUPAÇÃO COM O PESO.

Muitas novas mamães se preocupam com seu peso; normalmente engordamos um pouco com a gravidez e infelizmente os quilos a mais continuam depois do nascimento do bebê. Isso pode deixar as mamães desencorajada e fazer com que se sintam pior ainda se estiver tristes, angustiadas, desoladas ou seja infelizmente se sentindo um tanto deprimidas!
Entretando, não é um bom momento para pensar em perder peso, pois as prioridades são o bem-estar e a do bebê. Pensar em dieta e em perda de peso, apenas deixará as novas mamães chateadas e não atenderá nem suas próprias necessidades nem a do bebê!
E digo por experiência própria, logo que o nosso bebê nasce nos encontramos em uma situação um tanto estressante e cansativa em que precisamos de muita energia e alimento é energia. Eu não me alimentava nada bem, proticamente so tomava sucos, cheguei a pesar 55 quilos, sendo que tenho 1,71 de altura e estava amamentando, ou seja a minha energia estava a zero por hora. E se a mamãe estiver deprimida, fazer dieta pode piorar todo o quadro.

Tem alguns alimentos, como já postei aqui são ótimos "antidepressivos":

-Vitamina B6 - cereais matinais, produtos integrais, nozes, peixe, carne branca e vermelha, batata, abacate.
- Ácido fólico - fígado, hortaliças.
- Zinco - Carne, massas, pão, grãos.
- Ferro - ovos, espinafre
- Selênio - lentilha, frutos do mar
- Cálcio - laticínios, pão branco, peixe.
- Magnésio - hortaliças, nozes, produtos integrais.
-  Ácido graxos essenciais - peixes oleosos, nozes.

O melhor a fazer nesse período é seguir uma dieta saudável.
Sei que não é fácil, pois quando estamos mal, não temos vontade de fazer nada, mas para a melhora começar a vir, temos que começar a fazer o bem para nós mesmas!!! E nada como começar o dia com um belo prato de cereais, sinceramente com o passar do tempo percebi que falhei muito em minha alimentação e uma série de coisas foi me fazendo piorar!

fiquem com Deus
Jú.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Programa Happy Hour - GNT - DEPRESSÃO

Olá!!!
Hoje na GNT, no Programa Happy Hour vai estar a irmã de minha cunhada, como convidada,
falando sobre Depressão!
Ela que tb tem um curta sobre o assunto e é blogueira!
É isso ai Aninha!!
Ahh...o programa vai ao ar hoje as 19hrs!!

Bjos
 

DEPRESSÃO PÓS-PARTO Copyright © 2010 Customizado por Layout para blog